NOS VEMOS EM JUNHO/2025
PARQUE IBIRAPUERA, SÃO PAULO
UMA EDIÇÃO HISTÓRICA
AFTERMOVIE OFICIAL
11ª EDIÇÃO 2024
UM INÍCIO HISTÓRICO
com elenco estrelado, o Best of Blues
mostrou que veio para ficar
DE 10 A 13 DE JUNHO/2013
SÃO PAULO • WTC GONDEL HALL
EM UMA ESTRATÉGIA DE MERCADO, NASCIA UM DOS MAIORES FESTIVAIS DE MÚSICA DO CONTINENTE
A principal motivação para o empresário Pedro Bianco criar o festival Best of Blues não podia ser outra: a paixão pela música. “Adoro blues, adoro rock”, define o presidente do grupo Dançar Marketing, que desenvolveu o evento em meados de 2012, ao perceber uma oportunidade aparentemente intocada no mercado brasileiro de shows. “Era um segmento que não estava sendo explorado pelos concorrentes. Achei que valia a pena seguir esse caminho”.
Com isso nascia o Best of Blues, festival que faria de São Paulo, a capital do Blues na América Latina. Shows com os artistas mais expressivos da categoria, exposição fotográfica, sessões de cinema, master classes e performances nas ruas agitarão a cidade, marcando o cenário de entretenimento brasileiro com um projeto proprietário conceitual e que acontecerá anualmente.
Dentre tantos desafios enfrentados e realizações alcançadas, Pedro Bianco avalia com orgulho sua criação. “Não é um simples festival, é uma plataforma de desenvolvimento cultural, que gera conteúdo não só para quem está assistindo aos shows, mas para todos que estejam interessados em música”.
Os primeiros shows aconteceram nos dias 10, 11, 12 e 13 de junho, no WTC GOLDEN HALL, espaço especialmente formatado para o evento com uma plateia inteiramente VIP, com todos os assentos próximos ao palco, trazendo uma sensação intimista.
No palco do festival subirão renomados bluseiros e nomes de outros estilos que têm suas raízes e origens no blues. Entre os nomes confirmados está o pai do British Blues, John Mayall. Em breve, a produção do evento divulgará as outras estrelas que se apresentarão no projeto.
O público que comparecer aos shows receberá uma revista personalizada do evento – destaque para o fato de que parte delas, que será distribuída por noite, terá autógrafos originais dos artistas participantes.
BUDDY GUY
Graças a seus solos incendiários, ainda no final dos anos 1960, Buddy Guy já contava em seu fã-clube com grandes astros do rock, como Eric Clapton, Jeff Beck e Keith Richards – sem falar em Jimi Hendrix, que o creditava como uma de suas maiores influências. Nascido em Lettsworth, no interior da Louisiana, em 30 de julho de 1936, George “Buddy” Guy se interessou por música ainda na infância.
Aos 17, já com seu primeiro violão acústico, aprendeu quase tudo que precisava, ouvindo discos de T-Bone Walker, John Lee Hooker e Lightnin’ Hopkins. Ao se mudar para Chicago, em 1957, chegou a passar fome nos primeiros dias. Batalhou muito até se tornar conhecido no circuito local de música ao vivo.
Não à toa, quando Muddy Waters, o veterano expoente do blues de Chicago, pressentiu que sua morte se aproximava, fez um pedido pessoal a Buddy: “Mantenha o maldito blues vivo”.
Fiel ao legado musical de Waters, Howlin’ Wolf, B.B. King e de tantos outros mestres, ele tem desempenhado essa missão com um brilho muito especial.
CHRIS CORNELL
Se tivesse interrompido a carreira em 1997, quando o Soundgarden se separou, Chris Cornell já teria garantido um lugar na história do rock. Ao lado de Nirvana, Pearl Jam e Alice in Chains, o vocalista do Soundgarden brilhou na cena grunge de Seattle, que redefiniu o rock na primeira metade da década de 1990.
Cornell seguiu adiante. Depois de investir na carreira solo, uniu-se a três ex-integrantes da Rage Against the Machine, em 2001, para formar o Audioslave, que lançou três discos em seis anos. Já em 2010, para a alegria dos fãs antigos, ele voltou a cantar com a Soundgarden, sem descuidar da carreira própria.
Quando se apresentou na primeira edição do Best of Blues Festival, fez um show solo, acompanhando-se ao violão. A inesperada notícia de sua morte, aos 52 anos, em maio de 2017, chocou o mundo. Horas depois de um show com o Soundgarden, em Detroit, seu corpo foi encontrado no banheiro do hotel em que estava hospedado, com sinais evidentes de suicídio. Um final trágico para um artista essencial para o resgate da relevância do rock nos anos 1990.
TAJ MAHAL
Filho de um pianista de jazz e de uma professora e cantora de gospel, Henri St. Claire Fredericks Jr. nasceu no bairro negro do Harlem, em Nova York, em 1942. O nome artístico, adotado no final dos anos 1950, ele retirou de um sonho, que envolvia o líder pacifista Mahatma Gandhi e tinha a Índia como cenário.
Quando deu os primeiros passos na carreira musical, em meados da década de 1960, era apresentado como um “músico de blues”. Nada mais natural, tratando-se de um cantor e multi- instrumentista que cresceu ouvindo esse gênero e que estudou violão atento aos estilos de mestres de várias épocas, como Jimmy Reed, Son House e Howlin’ Wolf.
Mas, antes mesmo que o conceito de “world music” fosse cunhado, Mahal já pesquisava as tradições musicais de outros países. Não à toa, flerta em seu extenso repertório com diversos gêneros, como o jazz, o gospel, o R&B, o reggae, o calipso ou o zydeco, além de ritmos da música caribenha e africana. Não seria um exagero dizer que Taj Mahal tem espírito de musicólogo.
DR. JOHN
Com seu vozeirão anasalado e um toque original ao piano, inspirado pelo rhythm & blues do lendário Professor Longhair, Dr. John foi um embaixador informal da cultura de Nova Orleans, sua cidade natal, tão diferente do resto do país. Ter nascido em uma família de músicos amadores, em 20 de novembro de 1941, facilitou a vida de Malcolm John Rebennack, que decidiu se dedicar à carreira musical aos 14 anos, quando conheceu o Professor Longhair.
Dois anos depois, o garoto já se apresentava em bares como Mac Rebennack, escondendo que ainda era menor de idade. Logo começou a participar de gravações com músicos locais que também se tornariam astros do R&B e do soul, como Allen Touissant, Art Neville e Joe Tex.
Fascinado pela mística do voodoo de New Orleans (uma vertente religiosa da diáspora africana, similar ao candomblé), Mac assumiu a persona de um médico curandeiro, Dr. John The Nite Tripper, ao lançar o álbum Gris-Gris (1968). Foi ali que esboçou a personalíssima combinação de funk, R&B, rock psicodélico e menções ao voodoo que marcou sua carreira por cinco décadas, até sua morte, em 2019.
SHEMEKIA
COPELAND
Energia e emoção: esses elementos chamam a atenção quando ouvimos Shemekia Copeland. Também explicam o fato de essa talentosa cantora de blues ter sido comparada a Koko Taylor e Etta James quando lançou seu primeiro disco, Turn the Heat Up, aos 19 anos, em 1998.
Filha de Johnny Copeland, conceituado bluesman e guitarrista texano, ela nasceu e cresceu em Nova York, estimulada por ele a cantar desde cedo. Enfrentando uma grave doença cardíaca, que o obrigou a fazer um transplante de coração, Johnny começou a levá- -la para cantar nos seus shows, quando a garota tinha apenas 15 anos.
Shemekia só precisou de alguns anos para consolidar uma carreira musical repleta de êxitos, como dividir palcos com astros do quilate de B.B. King, Buddy Guy e Eric Clapton, abrir shows dos Rolling Stones ou cantar para o casal Obama, na Casa Branca.
JOHN MAYALL
É comum vê-lo ser chamado de pai ou mesmo avô do blues britânico, mas esses títulos não fazem total justiça à influência de John Mayall. O rock inglês também deve muito a ele, que lançou em sua banda Bluesbreakers, nos anos 1960, músicos como Eric Clapton, Jack Bruce, Mick Taylor, Peter Green e Mick Fleetwood – que pouco depois vieram a brilhar nas bandas Cream, Rolling Stones e Fleetwood Mac. Nascido em 1933, ele cresceu em uma vila próxima à cidade de Manchester
Ainda adolescente, foi atraído pela coleção de discos de jazz e blues do pai, que incluía blueseiros rurais, como Big Bill Broozy e Leadbelly, mas também mestres do boogie woogie, como Albert Ammons e Pete Johnson. Ao ingressar na Junior School of Art, aos 14, começou a estudar piano, depois guitarra e, anos mais tarde, ainda acrescentou a gaita.
Comandou a Bluesbreakers por cinco décadas, com diversas formações e alguns hiatos, gravando mais de 50 discos. Em 2003, Clapton e Taylor até voltaram a se reunir com a banda para festejar os 70 anos do influente líder, que a desativou em 2008, para fundar a John Mayall Band. Já na década seguinte, sua carreira renasceu, levando-o ao Hall da Fama do Blues.
NUNO MINDELIS
Filho de portugueses, nascido na cidade angolana de Cabinda, em 1957, Mindelis desfrutou o privilégio de ter uma discoteca de 2 mil LPs de diversos gêneros na casa dos pais. Em 1975, mudou-se para o Canadá, onde formou sua primeira banda de blues, mas um ano depois veio se juntar à família, no Brasil.
Depois de lançar os elogiados álbuns Blues e Derivados (1990) e Long Distance Blues (1991), seu talento chamou a atenção da revista norte- -americana Guitar Player, que o comparou a Jimmy Page. O álbum Texas Bound (1995) – no qual tinha como parceiros Chris Layton e Tommy Shannon, ex-integrantes da banda do lendário Stevie Ray Vaughan – solidificou sua projeção internacional. Em Outros Nunos (2005) e Free Blues (2010), experimentou diferentes abordagens do blues, flertando com a música brasileira ou até com elementos eletrônicos.
Já no final de 2019, reencontrou suas origens em Angola Blues, que inclui arranjos autorais de músicas que ouvia em sua terra natal, além de uma inusitada versão de “País Tropical”, de Jorge Benjor. Qual será a próxima surpresa de Mindelis?
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